plano de ensino

Introdução


O texto só se move com uma condição: a existência do leitor, que é o principal personagem em qualquer livro, tornando-o mais vivo à medida que desenvolve uma faculdade imprescindível para a existência da literatura: a imaginação. Imaginar significa criar imagens e esse é um atributo indispensável tanto no grande autor quanto no grande leitor. È no jogo de habilidades das duas partes que nasce o texto enquanto arte.
O desafio principal dos educadores é garantir que todos os alunos aprendam a ler e escrever com proficiência, isto é, tornem-se leitores e escritores capazes de se expressar, de compreender o que lêem, de usufruir da cultura escrita da qual têm direito de fazer parte. Entretanto, se assumir essa responsabilidade é uma questão de atitude, é também uma questão de saber fazer.

Objetivos:

O objetivo central é assegurar e desenvolver o gosto e o interesse pela leitura desenvolvendo:
* Habilidades de compreensão;
* Identificar a idéia principal dos textos;
* Perceber detalhes e pormenores e antecipar conclusões;
* Uso de acervos e bibliotecas: busca de informações e consulta a fontes de diferentes tipos ( revistas, jornais, enciclopédias, dicionários, etc..), com ajuda; manuseio e leitura de livros na classe, na biblioteca e, quando possível, empréstimo de materiais para leitura em casa (com supervisão do professor);
* Socialização das experiências de leitura.

Conteúdos:

Prática de leitura associadas às práticas de oralidade

• Escuta de textos lidos pelo professor.
• Atribuição de sentido, coordenando texto e contexto (com ajuda).
• Utilização de indicadores para fazer antecipações e inferências em relação ao conteúdo (sucessão de acontecimentos, paginação do texto, organização tipográfica, etc..).
• Emprego dos dados obtidos por meio da leitura para confirmação ou retificação das suposições de sentido feitas anteriormente.
• Utilização de recursos para resolver dúvidas na compreensão: consulta ao professor ou aos colegas, formulação de uma suposição a ser verificada adiante, etc.

Práticas de oralidade

A oralidade é a forma básica de comunicação aquela que é usada por todos os indivíduos de uma comunidade lingüística e por todas as sociedades humanas, adquiridas por todos os sujeitos, desde seu nascimento, pelo simples contato com outros falantes. È a educação primária dos indivíduos que primeiramente são transferidas pela família.

• Participar das interações cotidianas em oficina, respondendo com atenção as propostas do professor e expondo opiniões nos debates com os colegas e com o professor;
• Respeitar a diversidade das formas de expressão oral manifestas por colegas, professores e funcionários da escola, bem como pessoas da comunidade;
• Usar a língua falada em diferentes situações escolares, buscando empregar a variedade lingüística adequada;
• Planejar a fala em situações formais.

As crianças devem ter contato direto com livros para folheá-los e explora-lo por conta própria, por isso se recomenda a organização de cantos de leitura, de espaços de biblioteca de sala onde elas possam estar com os livros por alguns momentos e, melhor ainda, escolher alguma para levar emprestado.
Apesar da diversidade de livros de literatura infantil, o professor deve recorrer a historias com assuntos que sejam adequados à faixa etária dos alunos, ou que estejam relacionados ao seu dia a dia. Eis alguns exemplos:

• Até 3 anos: histórias de bichinhos, de brinquedos, narrativas cujo personagem é a criança ou animais com características humanas;
• Entre 3 e 6 anos: temas que envolvam bastante fantasia, fatos inesperados e repetitivos, com personagem criança ou animais, contos de fadas;
• 7 anos: aventuras em ambiente conhecido, histórias de fadas e fábulas;
• 8 anos: histórias que utilizam a fantasia de forma mais elaborada e temas vinculados a realidade;
• 9 anos: aventuras em ambientes longínquos ( selva, oriente, fundo do mar ou outros planetas), histórias de fadas com enredo mais elaborado, história humorística, aventuras, narrativas de viagem, exploração, invenções.
• 10 e 12 anos: narrativas de viagens, explorações, suspense, invenções, mitos e lendas.

Estratégias:

Não é preciso inventar novas atividades a cada a dia, mas é importante variar o gênero que vai ser trabalhado e o tipo de ação/objetivo que o aluno vai desenvolver com cada texto.

*Antes de dar início à leitura de um texto, estabelecer os combinados com a sala para o momento da leitura. Divulgar o título e os assuntos que serão abordados, contudo não eliminar o clima de “suspense”. A curiosidade é um dos fatores que incentivam o aluno a leitura de um livro;
* Explorar os conteúdos extrínsecos do livro: a capa, a autoria (exibir a fotografia do autor, quando houver), ilustração, editora (despertar o interesse da criança, caso haja filial de editora na cidade).Se a obra faz parte de uma série, cabe ressaltar outros títulos, no intuito de incentivar o aluno para novas propostas de leitura;
* Promover rodas de conversa para explorar títulos, assuntos centrais e correlatos. Incentivar o aluno à oralidade, deixá-lo opinar e tirar suas próprias conclusões, já que isto estará intimamente ligado à sua “visão de mundo”;
*Promover sessões de contação de histórias, mediação da leitura, solicitar leitura individual, leitura coletiva, e em muitos casos, propostas de recontação do que foi lido, bem como reconstrução das histórias;
*Incentivar o uso do dicionário, desde os anos iniciais, para enriquecer e aumentar o universo vocabular do aluno. Do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, sugestão de uso: Dicionário ilustrado;
*Inserir a música no contexto literário. Explorar letras e melodias;
* Trabalhar o texto poético, em plena comunhão com os enredos dos títulos;
*Usar o jornal na sala de aula. Orientar sobre a leitura, manuseio dos cadernos, disposição gráfica das matérias e linguagem jornalísticas;
*Utilizar filmes, curtas e longas que estabeleçam relação com a obra literária;
*Visitar a biblioteca escolar e usufruir do acervo que dispõe;
*Interagir sempre que possível, com profissionais externos e internos.Firmar parcerias de trabalho. Convidar atores, editores, ilustradores, etc.;
*Conversa com as crianças sobre o processo de criação de um livro. Real versus Imaginário. No livro cabe o que o autor desejar, imaginar sua própria historia.
* Confeccionar livros, contendo colagens, desenhos e ilustrações elaboradas pelas crianças usando materiais diversos, pano, papéis, etc.;
* Inserir brincadeiras atreladas as leituras diárias e jogos pedagógicos;
*Fazer uso de maquetes, construir com os alunos os contextos literários dentro das maquetes, estabelecendo comparações;
* Pesquisas sobre autores, ilustradores;
* Promoção de passeios, como visitas a biblioteca municipal;
* Leitura de textos diariamente;
* Explorar a ludicidade do gênero literário, propiciar experiências de plenitude, envolvendo a criança por inteiro, mediando a liberdade da dança,rolar, pular, vestir fantasias, representar, etc..;
* Estimular as crianças a dramatizar e a recontar a história;
* A amizade é uma presença marcante nos livros, principalmente no gênero literário fábula. Atrelar o assunto amizade, aos conceitos de forma, tamanhos opostos, estabelecer comparações entre objetos variados. Usar jogos de memória e dominó de formas e cores;
* Desenvolver atividades interdisciplinares:
Arte: Trabalhar com pinturas, desenhos dobraduras, massa de modelar, confecção de máscaras e objetos, entre outras expressões de arte;
Educação física: Promover jogos e brincadeiras, arrolando conteúdos onde o aluno possa descobrir seu corpo, o espaço que ocupa e seus limites;
Informática: Explorar informações eletrônicas e colocar o aluno diante das novas mídias e da tecnologia;
Biblioteca da escola: Espaço lúdico e de aprendizagem, onde se desenvolvem as atividades de contação de histórias e pesquisas escolares.

Mostrar as diferenças entre os gêneros textuais e discutir sobre cada um para desenvolver a competência na leitura:

• Fábulas e contos;
• Poemas;
• Histórias com ou sem gravuras;
• Histórias em quadrinhos;
• Contos, crônicas;
• Resenhas, críticas;
• Comentários ou artigos de opinião;
• Notícias de jornal, classificados;
• Aviso, folhetos, propagandas;
• Campanhas publicitárias;
• Adivinhas, trava línguas;
• Anedotas, quadrinhas;
• Provérbios;
• Charadas, convites.




Rotina:

A leitura em si já é uma atividade, mas organizar as rotinas de leitura nas oficinas otimiza o tempo do professor e sistematiza atividades de cunho oral, ou propostas de atividades lúdicas.

Avaliação:

A avaliação deverá ter caráter formativo, utilizando-se de diagnóstico inicial acerca dos conhecimentos prévios dos alunos sobre Leitura, das atividades que serão realizadas ao longo do bimestre, visando sistematizar os conhecimentos construídos no processo de aprendizagem, recuperando a todo instante os conteúdos que não tenham ficado claro aos alunos. Para isso, não só as atividades desenvolvidas em sala de aula serão importantes, mas também os trabalhos de pesquisa e prática em grupo, dupla ou individual, participação e envolvimento nas discussões e possíveis visitas culturais, a assiduidade e atuação interdisciplinar, farão parte dos critérios utilizados.




















Fontes bibliográficas:

Coleção pró letramento. (Fascículo 01,02).

LAJOLO, Marisa. Meus alunos não gostam de ler: O que faço?, Campinas: CEFIE/UNICAMP, 2005.

Livro de estudo/ Mindé Badauy de Menezes e Wilsa Maria Ramos, organizadoras, Brasília, MEC, Secretaria de Educação a Distância, 2005.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura, 6ª edição, Porto Alegre, ArtMed, 1998.






































































Introdução


O texto só se move com uma condição: a existência do leitor, que é o principal personagem em qualquer livro, tornando-o mais vivo à medida que desenvolve uma faculdade imprescindível para a existência da literatura: a imaginação. Imaginar significa criar imagens e esse é um atributo indispensável tanto no grande autor quanto no grande leitor. È no jogo de habilidades das duas partes que nasce o texto enquanto arte.
O desafio principal dos educadores é garantir que todos os alunos aprendam a ler e escrever com proficiência, isto é, tornem-se leitores e escritores capazes de se expressar, de compreender o que lêem, de usufruir da cultura escrita da qual têm direito de fazer parte. Entretanto, se assumir essa responsabilidade é uma questão de atitude, é também uma questão de saber fazer.

Objetivos:

O objetivo central é assegurar e desenvolver o gosto e o interesse pela leitura desenvolvendo:
* Habilidades de compreensão;
* Identificar a idéia principal dos textos;
* Perceber detalhes e pormenores e antecipar conclusões;
* Uso de acervos e bibliotecas: busca de informações e consulta a fontes de diferentes tipos ( revistas, jornais, enciclopédias, dicionários, etc..), com ajuda; manuseio e leitura de livros na classe, na biblioteca e, quando possível, empréstimo de materiais para leitura em casa (com supervisão do professor);
* Socialização das experiências de leitura.

Conteúdos:

Prática de leitura associadas às práticas de oralidade

• Escuta de textos lidos pelo professor.
• Atribuição de sentido, coordenando texto e contexto (com ajuda).
• Utilização de indicadores para fazer antecipações e inferências em relação ao conteúdo (sucessão de acontecimentos, paginação do texto, organização tipográfica, etc..).
• Emprego dos dados obtidos por meio da leitura para confirmação ou retificação das suposições de sentido feitas anteriormente.
• Utilização de recursos para resolver dúvidas na compreensão: consulta ao professor ou aos colegas, formulação de uma suposição a ser verificada adiante, etc.

Práticas de oralidade

A oralidade é a forma básica de comunicação aquela que é usada por todos os indivíduos de uma comunidade lingüística e por todas as sociedades humanas, adquiridas por todos os sujeitos, desde seu nascimento, pelo simples contato com outros falantes. È a educação primária dos indivíduos que primeiramente são transferidas pela família.

• Participar das interações cotidianas em oficina, respondendo com atenção as propostas do professor e expondo opiniões nos debates com os colegas e com o professor;
• Respeitar a diversidade das formas de expressão oral manifestas por colegas, professores e funcionários da escola, bem como pessoas da comunidade;
• Usar a língua falada em diferentes situações escolares, buscando empregar a variedade lingüística adequada;
• Planejar a fala em situações formais.

As crianças devem ter contato direto com livros para folheá-los e explora-lo por conta própria, por isso se recomenda a organização de cantos de leitura, de espaços de biblioteca de sala onde elas possam estar com os livros por alguns momentos e, melhor ainda, escolher alguma para levar emprestado.
Apesar da diversidade de livros de literatura infantil, o professor deve recorrer a historias com assuntos que sejam adequados à faixa etária dos alunos, ou que estejam relacionados ao seu dia a dia. Eis alguns exemplos:

• Até 3 anos: histórias de bichinhos, de brinquedos, narrativas cujo personagem é a criança ou animais com características humanas;
• Entre 3 e 6 anos: temas que envolvam bastante fantasia, fatos inesperados e repetitivos, com personagem criança ou animais, contos de fadas;
• 7 anos: aventuras em ambiente conhecido, histórias de fadas e fábulas;
• 8 anos: histórias que utilizam a fantasia de forma mais elaborada e temas vinculados a realidade;
• 9 anos: aventuras em ambientes longínquos ( selva, oriente, fundo do mar ou outros planetas), histórias de fadas com enredo mais elaborado, história humorística, aventuras, narrativas de viagem, exploração, invenções.
• 10 e 12 anos: narrativas de viagens, explorações, suspense, invenções, mitos e lendas.

Estratégias:

Não é preciso inventar novas atividades a cada a dia, mas é importante variar o gênero que vai ser trabalhado e o tipo de ação/objetivo que o aluno vai desenvolver com cada texto.

*Antes de dar início à leitura de um texto, estabelecer os combinados com a sala para o momento da leitura. Divulgar o título e os assuntos que serão abordados, contudo não eliminar o clima de “suspense”. A curiosidade é um dos fatores que incentivam o aluno a leitura de um livro;
* Explorar os conteúdos extrínsecos do livro: a capa, a autoria (exibir a fotografia do autor, quando houver), ilustração, editora (despertar o interesse da criança, caso haja filial de editora na cidade).Se a obra faz parte de uma série, cabe ressaltar outros títulos, no intuito de incentivar o aluno para novas propostas de leitura;
* Promover rodas de conversa para explorar títulos, assuntos centrais e correlatos. Incentivar o aluno à oralidade, deixá-lo opinar e tirar suas próprias conclusões, já que isto estará intimamente ligado à sua “visão de mundo”;
*Promover sessões de contação de histórias, mediação da leitura, solicitar leitura individual, leitura coletiva, e em muitos casos, propostas de recontação do que foi lido, bem como reconstrução das histórias;
*Incentivar o uso do dicionário, desde os anos iniciais, para enriquecer e aumentar o universo vocabular do aluno. Do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, sugestão de uso: Dicionário ilustrado;
*Inserir a música no contexto literário. Explorar letras e melodias;
* Trabalhar o texto poético, em plena comunhão com os enredos dos títulos;
*Usar o jornal na sala de aula. Orientar sobre a leitura, manuseio dos cadernos, disposição gráfica das matérias e linguagem jornalísticas;
*Utilizar filmes, curtas e longas que estabeleçam relação com a obra literária;
*Visitar a biblioteca escolar e usufruir do acervo que dispõe;
*Interagir sempre que possível, com profissionais externos e internos.Firmar parcerias de trabalho. Convidar atores, editores, ilustradores, etc.;
*Conversa com as crianças sobre o processo de criação de um livro. Real versus Imaginário. No livro cabe o que o autor desejar, imaginar sua própria historia.
* Confeccionar livros, contendo colagens, desenhos e ilustrações elaboradas pelas crianças usando materiais diversos, pano, papéis, etc.;
* Inserir brincadeiras atreladas as leituras diárias e jogos pedagógicos;
*Fazer uso de maquetes, construir com os alunos os contextos literários dentro das maquetes, estabelecendo comparações;
* Pesquisas sobre autores, ilustradores;
* Promoção de passeios, como visitas a biblioteca municipal;
* Leitura de textos diariamente;
* Explorar a ludicidade do gênero literário, propiciar experiências de plenitude, envolvendo a criança por inteiro, mediando a liberdade da dança,rolar, pular, vestir fantasias, representar, etc..;
* Estimular as crianças a dramatizar e a recontar a história;
* A amizade é uma presença marcante nos livros, principalmente no gênero literário fábula. Atrelar o assunto amizade, aos conceitos de forma, tamanhos opostos, estabelecer comparações entre objetos variados. Usar jogos de memória e dominó de formas e cores;
* Desenvolver atividades interdisciplinares:
Arte: Trabalhar com pinturas, desenhos dobraduras, massa de modelar, confecção de máscaras e objetos, entre outras expressões de arte;
Educação física: Promover jogos e brincadeiras, arrolando conteúdos onde o aluno possa descobrir seu corpo, o espaço que ocupa e seus limites;
Informática: Explorar informações eletrônicas e colocar o aluno diante das novas mídias e da tecnologia;
Biblioteca da escola: Espaço lúdico e de aprendizagem, onde se desenvolvem as atividades de contação de histórias e pesquisas escolares.

Mostrar as diferenças entre os gêneros textuais e discutir sobre cada um para desenvolver a competência na leitura:

• Fábulas e contos;
• Poemas;
• Histórias com ou sem gravuras;
• Histórias em quadrinhos;
• Contos, crônicas;
• Resenhas, críticas;
• Comentários ou artigos de opinião;
• Notícias de jornal, classificados;
• Aviso, folhetos, propagandas;
• Campanhas publicitárias;
• Adivinhas, trava línguas;
• Anedotas, quadrinhas;
• Provérbios;
• Charadas, convites.




Rotina:

A leitura em si já é uma atividade, mas organizar as rotinas de leitura nas oficinas otimiza o tempo do professor e sistematiza atividades de cunho oral, ou propostas de atividades lúdicas.

Avaliação:

A avaliação deverá ter caráter formativo, utilizando-se de diagnóstico inicial acerca dos conhecimentos prévios dos alunos sobre Leitura, das atividades que serão realizadas ao longo do bimestre, visando sistematizar os conhecimentos construídos no processo de aprendizagem, recuperando a todo instante os conteúdos que não tenham ficado claro aos alunos. Para isso, não só as atividades desenvolvidas em sala de aula serão importantes, mas também os trabalhos de pesquisa e prática em grupo, dupla ou individual, participação e envolvimento nas discussões e possíveis visitas culturais, a assiduidade e atuação interdisciplinar, farão parte dos critérios utilizados.




















Fontes bibliográficas:

Coleção pró letramento. (Fascículo 01,02).

LAJOLO, Marisa. Meus alunos não gostam de ler: O que faço?, Campinas: CEFIE/UNICAMP, 2005.

Livro de estudo/ Mindé Badauy de Menezes e Wilsa Maria Ramos, organizadoras, Brasília, MEC, Secretaria de Educação a Distância, 2005.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura, 6ª edição, Porto Alegre, ArtMed, 1998.


























































































Introdução


O texto só se move com uma condição: a existência do leitor, que é o principal personagem em qualquer livro, tornando-o mais vivo à medida que desenvolve uma faculdade imprescindível para a existência da literatura: a imaginação. Imaginar significa criar imagens e esse é um atributo indispensável tanto no grande autor quanto no grande leitor. È no jogo de habilidades das duas partes que nasce o texto enquanto arte.
O desafio principal dos educadores é garantir que todos os alunos aprendam a ler e escrever com proficiência, isto é, tornem-se leitores e escritores capazes de se expressar, de compreender o que lêem, de usufruir da cultura escrita da qual têm direito de fazer parte. Entretanto, se assumir essa responsabilidade é uma questão de atitude, é também uma questão de saber fazer.

Objetivos:

O objetivo central é assegurar e desenvolver o gosto e o interesse pela leitura desenvolvendo:
* Habilidades de compreensão;
* Identificar a idéia principal dos textos;
* Perceber detalhes e pormenores e antecipar conclusões;
* Uso de acervos e bibliotecas: busca de informações e consulta a fontes de diferentes tipos ( revistas, jornais, enciclopédias, dicionários, etc..), com ajuda; manuseio e leitura de livros na classe, na biblioteca e, quando possível, empréstimo de materiais para leitura em casa (com supervisão do professor);
* Socialização das experiências de leitura.

Conteúdos:

Prática de leitura associadas às práticas de oralidade

• Escuta de textos lidos pelo professor.
• Atribuição de sentido, coordenando texto e contexto (com ajuda).
• Utilização de indicadores para fazer antecipações e inferências em relação ao conteúdo (sucessão de acontecimentos, paginação do texto, organização tipográfica, etc..).
• Emprego dos dados obtidos por meio da leitura para confirmação ou retificação das suposições de sentido feitas anteriormente.
• Utilização de recursos para resolver dúvidas na compreensão: consulta ao professor ou aos colegas, formulação de uma suposição a ser verificada adiante, etc.

Práticas de oralidade

A oralidade é a forma básica de comunicação aquela que é usada por todos os indivíduos de uma comunidade lingüística e por todas as sociedades humanas, adquiridas por todos os sujeitos, desde seu nascimento, pelo simples contato com outros falantes. È a educação primária dos indivíduos que primeiramente são transferidas pela família.

• Participar das interações cotidianas em oficina, respondendo com atenção as propostas do professor e expondo opiniões nos debates com os colegas e com o professor;
• Respeitar a diversidade das formas de expressão oral manifestas por colegas, professores e funcionários da escola, bem como pessoas da comunidade;
• Usar a língua falada em diferentes situações escolares, buscando empregar a variedade lingüística adequada;
• Planejar a fala em situações formais.

As crianças devem ter contato direto com livros para folheá-los e explora-lo por conta própria, por isso se recomenda a organização de cantos de leitura, de espaços de biblioteca de sala onde elas possam estar com os livros por alguns momentos e, melhor ainda, escolher alguma para levar emprestado.
Apesar da diversidade de livros de literatura infantil, o professor deve recorrer a historias com assuntos que sejam adequados à faixa etária dos alunos, ou que estejam relacionados ao seu dia a dia. Eis alguns exemplos:

• Até 3 anos: histórias de bichinhos, de brinquedos, narrativas cujo personagem é a criança ou animais com características humanas;
• Entre 3 e 6 anos: temas que envolvam bastante fantasia, fatos inesperados e repetitivos, com personagem criança ou animais, contos de fadas;
• 7 anos: aventuras em ambiente conhecido, histórias de fadas e fábulas;
• 8 anos: histórias que utilizam a fantasia de forma mais elaborada e temas vinculados a realidade;
• 9 anos: aventuras em ambientes longínquos ( selva, oriente, fundo do mar ou outros planetas), histórias de fadas com enredo mais elaborado, história humorística, aventuras, narrativas de viagem, exploração, invenções.
• 10 e 12 anos: narrativas de viagens, explorações, suspense, invenções, mitos e lendas.

Estratégias:

Não é preciso inventar novas atividades a cada a dia, mas é importante variar o gênero que vai ser trabalhado e o tipo de ação/objetivo que o aluno vai desenvolver com cada texto.

*Antes de dar início à leitura de um texto, estabelecer os combinados com a sala para o momento da leitura. Divulgar o título e os assuntos que serão abordados, contudo não eliminar o clima de “suspense”. A curiosidade é um dos fatores que incentivam o aluno a leitura de um livro;
* Explorar os conteúdos extrínsecos do livro: a capa, a autoria (exibir a fotografia do autor, quando houver), ilustração, editora (despertar o interesse da criança, caso haja filial de editora na cidade).Se a obra faz parte de uma série, cabe ressaltar outros títulos, no intuito de incentivar o aluno para novas propostas de leitura;
* Promover rodas de conversa para explorar títulos, assuntos centrais e correlatos. Incentivar o aluno à oralidade, deixá-lo opinar e tirar suas próprias conclusões, já que isto estará intimamente ligado à sua “visão de mundo”;
*Promover sessões de contação de histórias, mediação da leitura, solicitar leitura individual, leitura coletiva, e em muitos casos, propostas de recontação do que foi lido, bem como reconstrução das histórias;
*Incentivar o uso do dicionário, desde os anos iniciais, para enriquecer e aumentar o universo vocabular do aluno. Do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, sugestão de uso: Dicionário ilustrado;
*Inserir a música no contexto literário. Explorar letras e melodias;
* Trabalhar o texto poético, em plena comunhão com os enredos dos títulos;
*Usar o jornal na sala de aula. Orientar sobre a leitura, manuseio dos cadernos, disposição gráfica das matérias e linguagem jornalísticas;
*Utilizar filmes, curtas e longas que estabeleçam relação com a obra literária;
*Visitar a biblioteca escolar e usufruir do acervo que dispõe;
*Interagir sempre que possível, com profissionais externos e internos.Firmar parcerias de trabalho. Convidar atores, editores, ilustradores, etc.;
*Conversa com as crianças sobre o processo de criação de um livro. Real versus Imaginário. No livro cabe o que o autor desejar, imaginar sua própria historia.
* Confeccionar livros, contendo colagens, desenhos e ilustrações elaboradas pelas crianças usando materiais diversos, pano, papéis, etc.;
* Inserir brincadeiras atreladas as leituras diárias e jogos pedagógicos;
*Fazer uso de maquetes, construir com os alunos os contextos literários dentro das maquetes, estabelecendo comparações;
* Pesquisas sobre autores, ilustradores;
* Promoção de passeios, como visitas a biblioteca municipal;
* Leitura de textos diariamente;
* Explorar a ludicidade do gênero literário, propiciar experiências de plenitude, envolvendo a criança por inteiro, mediando a liberdade da dança,rolar, pular, vestir fantasias, representar, etc..;
* Estimular as crianças a dramatizar e a recontar a história;
* A amizade é uma presença marcante nos livros, principalmente no gênero literário fábula. Atrelar o assunto amizade, aos conceitos de forma, tamanhos opostos, estabelecer comparações entre objetos variados. Usar jogos de memória e dominó de formas e cores;
* Desenvolver atividades interdisciplinares:
Arte: Trabalhar com pinturas, desenhos dobraduras, massa de modelar, confecção de máscaras e objetos, entre outras expressões de arte;
Educação física: Promover jogos e brincadeiras, arrolando conteúdos onde o aluno possa descobrir seu corpo, o espaço que ocupa e seus limites;
Informática: Explorar informações eletrônicas e colocar o aluno diante das novas mídias e da tecnologia;
Biblioteca da escola: Espaço lúdico e de aprendizagem, onde se desenvolvem as atividades de contação de histórias e pesquisas escolares.

Mostrar as diferenças entre os gêneros textuais e discutir sobre cada um para desenvolver a competência na leitura:

• Fábulas e contos;
• Poemas;
• Histórias com ou sem gravuras;
• Histórias em quadrinhos;
• Contos, crônicas;
• Resenhas, críticas;
• Comentários ou artigos de opinião;
• Notícias de jornal, classificados;
• Aviso, folhetos, propagandas;
• Campanhas publicitárias;
• Adivinhas, trava línguas;
• Anedotas, quadrinhas;
• Provérbios;
• Charadas, convites.




Rotina:

A leitura em si já é uma atividade, mas organizar as rotinas de leitura nas oficinas otimiza o tempo do professor e sistematiza atividades de cunho oral, ou propostas de atividades lúdicas.

Avaliação:

A avaliação deverá ter caráter formativo, utilizando-se de diagnóstico inicial acerca dos conhecimentos prévios dos alunos sobre Leitura, das atividades que serão realizadas ao longo do bimestre, visando sistematizar os conhecimentos construídos no processo de aprendizagem, recuperando a todo instante os conteúdos que não tenham ficado claro aos alunos. Para isso, não só as atividades desenvolvidas em sala de aula serão importantes, mas também os trabalhos de pesquisa e prática em grupo, dupla ou individual, participação e envolvimento nas discussões e possíveis visitas culturais, a assiduidade e atuação interdisciplinar, farão parte dos critérios utilizados.




















Fontes bibliográficas:

Coleção pró letramento. (Fascículo 01,02).

LAJOLO, Marisa. Meus alunos não gostam de ler: O que faço?, Campinas: CEFIE/UNICAMP, 2005.

Livro de estudo/ Mindé Badauy de Menezes e Wilsa Maria Ramos, organizadoras, Brasília, MEC, Secretaria de Educação a Distância, 2005.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura, 6ª edição, Porto Alegre, ArtMed, 1998.



















































































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